De repente, aos vinte.

Essa é a quarta vez que venho nesse meu grande diário falar sobre como a vida é estranha e ao mesmo tempo algo tão extraordinário. Hoje completa-se exatamente vinte anos que estou nessa jornada da vida que depende nada mais e nada menos que você apenas viver. 
Quando eu era pequena, lá pelos meus quinze anos, sonhava em ser uma mulher adulta, com um corpão e que meus pais tivessem orgulho de mim, com faculdade feita e trabalhando num ótimo emprego. Onde eu estava com a cabeça? Quinze é um número magnifico, a idade melhor ainda. O que eram problemas pra mim com meus quinze? Prova de ciências que eu não havia estudado? Ou o rapaz bonitinho da esquina que eu gostava e ele não me dava bola? 
É clichê dizer que gostaria muito voltar a minha infância? Talvez seja!
Sou o tipo de pessoa que guarda muito os bons momentos que a vida me proporciona e, olha que a vida foi bem legal comigo e eu pude vivênciar ótimos momentos. Depois dos dezesseis então, nem me fale. Na vida, descobrimos que cada época é uma época pra cada coisa. A gente descobre quem são nossos verdadeiros amigos, qual escola marcou mais, se você quer Segurança do Trabalho ou Publicidade e Propaganda ou os dois. Mas cada época é uma época pra cada coisa né, então a gente faz escolhas, e é ai que o bicho pega. Mas dai a vida me mostrou que tudo pode acontecer ao mesmo tempo, mas tudo na sua ordem, é claro. Aos meus dezessete para dezoito anos conheci meus melhores amigos, minha "profissão", descobri que sempre amei o mundo do Hip Hop e que eu poderia ter uma família aí também, e tive! Achei o amor da minha vida e entendi que eu sou de onde mora meu coração e não onde mora meu corpo.
Depois disso, descobri que o propósito da vida é viver e mudar. Ou vice e versa. 

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